sábado, 30 de outubro de 2010

Canto Gregoriano

O canto gregoriano é um gênero de musica vocal monofônica, monódica (só uma melodia), não acompanhada, ou acompanhada apenas pela repetição da voz principal com o organum, com o ritmo livre e não medido, utilizada pelo ritual da liturgia católica romana, a idéia central do cantochão ocidental.[1]
As características foram herdadas dos salmos judaicos, assim como dos modos (ou escalas, mais modernamente) gregos, que no século VI foram selecionados e adaptados por Gregório Magno para serem utilizados nas celebrações religiosas da Igreja Católica.
Somente este tipo de prática musical podia ser utilizada na liturgia ou outros ofícios católicos. Só nos finais da Idade Média é que a polifonia (harmonia obtida com mais de uma linha melódica em contraponto) começa a ser introduzida nos ofícios da cristandade de então, e a coexistir com a prática do canto gregoriano.
      
                                  A Importância do Texto
Desde seu surgimento que a música cristã foi uma oração cantada, que devia realizar-se não de forma puramente material, mas com devoção ou, como dizia Paulo (Apóstolo): "cantando a Deus em vosso coração". O texto era, pois, a razão de ser do Canto Gregoriano. Na verdade, o canto do texto se baseia no princípio - segundo Santo Agostinho - de que "quem canta ora duas vezes".
O canto Gregoriano jamais poderá ser entendido sem o texto, o qual tem primazia sobre a melodia, e é quem dá sentido a esta. Por isso, ao interpretá-lo, os cantores devem haver compreendido bem o sentido dele. Em conseqüência, deve-se evitar qualquer impostação de voz de tipo operístico, em que se busca o destaque do intérprete.
Deste canto procedem os modos gregorianos, que dão base à música ocidental. Deles vêm os modos maior (jônio) e menor (eólico), e outros cinco, menos conhecidos (dórico, frígio, lídio, mixolídio e lócrio).

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Monoficismo e Iconoclastia

A sociedade bizantina foi divida por várias questões religiosas,como Monofisismo e a Iconoclastia. 
  Os membros do movimento monofisista, concentrados principalmente na  Síria e no Egito, acreditavam que Cristo tinha apenas uma natureza divina, e não humana e divina ao mesmo tempo, como afirmava a Igreja Católica Romana ao defender a doutrina da Santíssima Trindade(na qual Deus seria, simultaneamente, o Pai, o Filho e o Espírito Santo).
  
Outro movimento religioso importante no Império Bizantino foi a iconoclastia(ou iconoclasmo), em que se defendia a proibição das imagens de santos nas igrejas. Seus seguidores pregavam a destruição dessas imagens para impedir que elas fossem idolatradas, pretendendo acabar com um culto que surgiu entre os séculos VI e VII

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A Revolta de Nika


A revolta de nika aconteceu no ano de 532 em Constatinopla durando cerca de uma semana. Esta revolta recebeu o nome de "Nika" porque houve uma dúvida sobre quem vencera a corrida de cavalos que havia acontecido no hipódromo (na figura), "Nika" era o nome do cavalo favorito da população, e que havia ganhado a disputa por muito pouco. Contudo, o imperador Justiniano torcia para outro cavalo e declarou que o seu cavalo tinha vencido a disputa. A plebe, enfurecida, se rebelou e começou uma discussão entre as várias classes socias, o que quase nunca acontecia devido ao fato de que a alta sociedade geralmente não se envolve com a plebe. O hipódromo era o lugar perfeito para que uma revolta contra os poderosos acontecesse.
<--Mapa do Hipódromo
Na prática, a revolta não se deu simplesmente por uma corrida de cavalos, e sim por uma série de motivos que já estavam acontecendo há muitos anos como: a fome, os impostos altíssimos, a falta de moradia, entre outras coisas que são parte da obrigação do governo.
Em Bizâncio, existiam organizações esportivas rivais, que defendiam suas cores no hipódromo, onde a rivalidade esportiva refletia divergências sociais, políticas, e religiosas. Eram os Verdes, os Azuis, os Brancos e os Vermelhos. Esses grupos haviam se transformado em "partidos políticos". Os Azuis reuniam representantes dos grandes proprietários rurais e da ortodoxia religiosa. Já os Verdes tinham, em suas fileiras, altos funcionários nativos das províncias orientais, comerciantes,artesãos e adeptos da doutrina monoficista.
Até então, os imperadores tinham tentado enfraquecer um grupo, apoiando o outro. Justiniano recusou essa solução, o que provocou a união dos Verdes e Azuis, que se rebelaram. A rebelião se propagou rapidamente por toda a capital e ganhou grandes proporções.
A população queria uma diminuição dos altos impostos cobrados. Os rebeldes massacraram a guarda real e dominaram quase toda a cidade, proclamando um novo imperador. Diante da gravidade da situação, Justiniano ameaçou deixar o trono, mas foi aconselhado por sua mulher Teodora. A altiva imperatriz disse:
Cquote1.svgAinda mesmo que a fuga seja a única salvação, não fugirei, pois aqueles que usam a coroa não devem sobreviver à sua perda. Se quiseres fugir, César, foge. Tens dinheiro, teus navios estão prontos e o mar aberto. Eu, porém, fico. Gosto desta velha máxima: a púrpura é uma bela mortalha.Cquote2.svg '
Diante disso, Justiniano decidiu reagir e encarregou o general Belisário de cercar o hipódromo e aniquilar os revoltosos. A revolta foi ferozmente reprimida pelo general, que, ao lado de seu exército, degolou mais de 30.000 pessoas. Esmagada a oposição, Justiniano pôde, a partir de então, reinar como um autocrata.

Cesaropapismo

Cesaropapismo foi um sistema de relações entre a Igreja e o Estado em que ao chefe de Estado cabia a competência de regular a doutrina, a disciplina e a organização da sociedade cristã, exercendo poderes tradicionalmente reservados à suprema autoridade religiosa, unificando tendencialmente as funções imperias e pontificiais em sua pessoa. Daí decorre o traço característico do cesaropapismo que é a subordinação da Igreja ao Estado que chegou a atingir as vezes formas tão extremas que levou a Igreja a adotar cânones proibindo o Estado de exercer poder eclesiástico, isso no âmbito doutrinal da Igreja.
A ideologia do cesaropapismo se assenta na idéia imperial política bizantina de querer usurpar a autoridade conciliar e o poder papal sobre a Igreja, na qual a política secular e religião são entidades indissolúveis em que o sagrado é parte do temporal, de que o Imperador ("chefe de Estado") é chefe da Igreja.
Esse fenômeno é tipicamente cristão, não se aplicando a outras civilizações como a islâmica, chinesa, indiana, japonesa. O cesaropapismo somente existiu em ambientes históricos em que havia o Império e a Igreja em cena, e após o século XVI nos países protestantes .

A Religião

O Império Bizantino teve uma história religiosa agitada, onde as disputas doutrinárias casualmente atingiam o extremo da guerra civil. Justiniano protegia de forma indomável a ortodoxia cristã, impugnando fortemente as duas heresias que lhe apresentavam contemporaneidade: o Arianismo (Ocidente) e o Monofisismo (Oriente). Inclusive, o Monofisismo era apoiado pela imperatriz Teodora.



A imperatriz Teodora, que exerceu grande influência no governo de seu esposo Justiniano.

No século VIII houve o movimento iconoclasta que condenava o culto às imagens, que foi idealizado pelo imperador Leão III, que também decretou a destruição das imagens.


A imposição da autoridade do papa em relação à Igreja do Oriente passou a ser algo impossível. Em 1054 a situação religiosa se agravou quando o patriarca de Constantinopla se recusou a prosseguir a sua obediência à autoridade papal, um rompimento que ficou conhecido como Cisma do Oriente que originou a igreja católica Ortodoxa, cujos princípios eram praticamente os mesmos da Igreja Católica Romana, apenas com diferenças nos rituais e na organização eclesiástica.

Arte Bizantina


A arte bizantina consistiu numa mistura de influências helênicas, romanas, persas, armênias e de várias outras fontes orientais, cabendo-lhe, durante mais de um milênio, preservar e transmitir a cultura clássica grega.
     Com fases alternadas de crise e esplendor, a arte bizantina se desenvolveu do Século 5º, com o desaparecimento do Império Romano do Ocidente enquanto unidade política, até 1453, quando Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, instituída sobre a antiga cidade grega de Bizâncio, foi ocupada pelos exércitos otomanos.
     Justamente nessa ocasião, a arte bizantina encontrava-se em vias de uma terceira idade áurea.

     Seu caráter inconfundível decorre sobretudo da combinação de elementos tão diferentes como o grego, o persa e o romano, diversidade que prevaleceu sobre fatores de ordem técnica.
     Quase sempre estreitamente vinculada à religião cristã, teve como objetivo principal exprimir o primado do espiritual sobre o material, da essência sobre a forma, e a elevação mística decorrente dessa proposição.
     O aspecto grandioso das figuras frontais, vigente nas primeiras obras da arte bizantina, deu lugar a formas que, embora ainda solenes e majestosas, mostravam-se mais vivazes e variadas.
A história da arte bizantina pode ser dividida em cinco períodos, que coincidem aproximadamente com as dinastias que se sucederam no poder do império.

domingo, 24 de outubro de 2010

A queda de Constantinopla

Constantinopla foi em princípio poupada devido às suas potentes defesas, porém com o advento dos canhões os muros, que foram impenetráveis por mil anos, não ofereceram proteção adequada à nova tecnologia. No mês de abril de 1453, começaram os bombardeios e as tentativas de assalto contra a cidade. Em 23 de abril, Constantino XI ofereceu desesperadamente a paz ao sultão, mas este, recusou.
Na madrugada de quarta-feira,29 de maio, a lenta agonia cessou. Sob o ataque de três frentes, a cidade de Constantinopla caiu sob o domínio do império turco otomano.Constantino XI Paleólogo, embora fosse aconselhado a fugir para Morea, quis permanecer na cidade fundada por seu homônimo Constantino I e foi visto pela última vez quando entrava em combate contra os janiazaros otomanos, que avançavam perigosamente, perdendo além do império a vida em campo de batalha. Maomé II conquistou também Mistra em 1460 e Trebizonda, pondo fim ao estado grego.